Patrícia
Moreira diz não ter sido racista o ato que a colocou na mira do povo
Em entrevista coletiva, torcedora do
Grêmio acusada de ofender Aranha se mostra comovida e pede desculpas
Patrícia
Moreira protagonizou um dos casos de racismo mais repercutidos no Brasil. O
episódio esteve em ascensão quando a torcedora do Grêmio foi flagrada chamando
o goleiro do Santos, Aranha, de “macaco”, o que ocasionou a expulsão do clube
Porto Alegrense da Copa do Brasil.
Em
sua primeira declaração pública, Patrícia pediu desculpas ao goleiro Aranha, à
torcida e ao Grêmio, deixando em evidência seu amor pelo clube e exaltando que
jamais quis prejudicar o time do coração. Muito emocionada, a torcedora - de 23
anos – se defendeu dizendo não ter sido racista o grito direcionado ao goleiro
do Santos.
“Boa
tarde, eu quero pedir desculpas para o goleiro Aranha. Desculpa mesmo; perdão,
de coração. Não sou racista. Aquela palavra ‘macaco’ não foi racismo da minha
parte. Não teve intenção racista. Foi no calor do jogo, o Grêmio tava perdendo.
O Grêmio é minha paixão. Minha paixão mesmo. Eu vivi sempre indo ao jogo do
Grêmio. Sempre. Largava tudo pra ir ao jogo do Grêmio. Peço desculpas pro
Grêmio, pra nação tricolor, não queria nunca prejudicar o Grêmio. Eu amo o
Grêmio. Desculpas para o Aranha. Perdão, perdão, perdão mesmo”, desabafou
Patrícia.
Apesar
de outros episódios racistas, o rosto da jovem está nas mídias há mais de uma
semana como motivação para o combate aos preconceitos. Às lágrimas, Patrícia se
mostrou arrependida e, diante das punições, o pior castigo da torcedora foi a
exposição: por ter sofrido ameaças, a gremista saiu de sua residência – na qual
pedras foram atiradas - e excluiu seus perfis das redes sociais.
Seu
advogado, em defesa, afirmou que “macaco”, no contexto do futebol, não se
tornou racista. O caso, antes mesmo de chegar à justiça, já havia sido colocado
em evidência - em forma de amargura - e como exemplo de um absurdo.
“Acho que esse caso vai ser um marco
para, efetivamente, terminar com o racismo. Estaríamos sendo hipócritas se
punirmos somente a Patrícia por esse ato”, declarou Alexandre Rosseto, advogado
da torcedora.
Fonte : Yahoo!
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